Sentindo...

 

Neste recanto quase perdido, sentimos a azáfama dos homens carregados dos seus fardos melancólicos e turbulentos do dia, sem cheiro nem pureza desta melancolia que se estendem nestes prados verdes ensurdecedores e suculentos, elevando os nossos pensamentos à mais pura calma do eterno criador. E se tantos discutem o excessivo tempo que se faz sentir neste tempo primaveril, outros vigiam os sons dos pássaros neste tom de abril, ouvem a calmaria do repicar as sementes escondidas nos socalcos abatidos, e sentem nas árvores os gemidos da flores que estão a parir.

 

Mas aqui neste espaço escolhido, vemos mulheres de Deus, ocupadas para não magoar as palavras do Criador, escutando o silêncio ensurdecedor de sopros suaves vindos do além, que se sabe quem é, mas não se vê quem...talvez do pai do filho ou da Boa mãe que nesta hora nem nunca se detém, a abandonar as suas filhas, os seus filhos ou outro alguém...

                                                                  P.S.