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NOVOS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO

Foi na tarde de 5 de julho que,reunidos no Colégio de Santa Teresinha, se ouviu o distinto Secretário Regional da Educação, Ciência e Tecnologia, Dr. Jorge Carvalho, a percorrer os novos caminhos da educação.

A Superiora Provincial das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias,Ana Freitas Marques da Silva, fez as honras de abertura, apontando a relevânciada temática nas escolas da sua instituição, que “encaminhar” para a excelência, sob os valores da “Boa” serva de Deus, era missão.

Despertada a atenção dos presentes, cerca de 110 professores da Província do Coração de Maria, o Secretário, partindo do pensamento do líder indiano, Mahatma Gandhi, afirmou que o futuro dependia das ações do presente.

Depois de garantir que, em matéria de percursos, não existia um único, pois, já à nascença, estimulado era o ser humano por um conjunto de “caminhos”, apresentou quatro biografias para realçar a importância do professor. Evidenciou que as suas atitudes marcavam vidas. Ao encorajar, devia respeitar as vontades dos seus alunos. Orientar e acompanhar sonhos. Não comprometer.

Das histórias interessantes à igualdade versus equidade. Defendeu o princípio da equidade na educação, ressalvando que pessoas diferentes tinham necessidades diferentes e precisavam, efetivamente, de soluções diferentes para oportunidades iguais poder beneficiar.

Tornando saliente o conhecimento, a base de toda a criatividade e inovação, alegou ser o saber que capacitava as pessoas, fundamental para pensar de forma diferente, encontrar respostas novas para novos problemas e comunicar. Assim sendo e parafraseando o pensamento partilhado do autor Gilberto Garbi, para dirigir a enorme massa de conhecimento, é necessário haver pessoas com vasta cultura.

Na era da globalização dos mercados, da tecnologia e da cultura digital, urge, no entender do Secretário, saber um pouco de tudo. Há que ser mais radical, destemido, ter pensamentos novos, num contexto diferente onde o digital impera e o professor deixou de ser o protagonista em prol dos seus alunos. Deixou o apelo para uma lógica de maior flexibilidade nas escolas. Conhecer pessoas, instituições e lugares era crucial, na aquisição de competências sociais, pois não basta o domínio do cognitivo para se vingar num tempo exigente de grande competitividade. Há, então, de conhecer e de experimentar para bem motivar na sala de aula. Consumir e vender boas experiências.

Antes do espaço para partilha de questões, o orador recomendou a leitura do livro do professor e investigador Daniel Susskind, Um Mundo sem Trabalho, no sentido de alertar a comunidade escolar para as consequências advindas do avanço da tecnologia, um progresso que não tornará os humanos prescindíveis, mas atribuí-los-á um lugar diferente no mundo laboral, outra liberdade, outras exigências.

À questão sobre a dimensão dos currículos em Portugal, o Secretário confirmou que os eram, na verdade, extensos, assim como o número de aulas. Acrescentou que os portugueses eram demasiado metódicos e levavam, rigorosamente, o cumprimento dos mesmos. O ideal seria, na sua perspetiva, cumprir o currículo à medida de cada meio, com flexibilidade, parceria e partilha.

E assim, neste encontro, se fez justiça ao sentido literal do termo“educação”, que, do latim “educare”, remete para o guiar, o conduzir para o conhecimento e a prática de saberes diversos.

Que não se esqueça, nesta era da informação, dos ensinamentos da (e)terna Mãe, Irmã Mary Jane Wilson, que prevê, em máximas como estas, o essencial da missão terrena:

«Quem me dera que todas as crianças do mundo tivessem pão, soubessem ler, aprendessem a catequese e amassem a Deus.».

 

Professora Helena Freitas

Colégio de Santa Teresinha

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